quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um dos meus poemas preferidos:



Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver

É ferida que dói e não se sente

É um contentamento descontente

É dor que desatina sem doer


É um não querer mais que bem querer

É solitário andar por entre a gente

É nunca contentar-se de contente

É cuidar que se ganha em se perder


É querer estar preso por vontade

É servir a quem vence, o vencedor

É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?